Resumo: Artigo 36120
Ciências em ação: pesquisa e desenvolvimento de energias alternativas no estado de São Paulo (1992 a 2002) (3, 9, 12, 13, 32)
Roger Colacios, Universidade de São Paulo, Brazil.
Apresentação: Friday, May 30, 2008 1:15PM - 3:15PM sala 215 - UNIRIO VII ESOCITE - Sessão 46 - Chair: Debatedor a Confirmar
Abstract.
O trabalho tem como mote a compreensão do contexto histórico de estabelecimento de grupos científico para a pesquisa e desenvolvimento de energias alternativas no estado de São Paulo, entre os anos de 1992 a 2002. Especificamente, a análise será feita sobre o Programa Interunidades de Pós-graduação em Energia (PIPGE) da Universidade de São Paulo, que desenvolveu estudos sobre a energia solar e a biomassa da cana-de-açúcar, além da criação do Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos (LSF/IEE) e o Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO) No período recortado para análise, ocorreu em 1992 a Conferência das Nações Unidas (ECO-92) no Rio de Janeiro com a formulação da Agenda 21; a assinatura do Protocolo de Kioto em 1998, cujo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) ampliou as possibilidades de utilização das fontes energéticas alternativas e, por fim, no ano de 2002, aconteceu a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, que representou o debate das ações tomadas desde a reunião do Rio de Janeiro e o estabelecimento de novas metas e propostas para o futuro. Como base teórica e metodológica, a pesquisa segue as premissas da História Social das Ciências, tal como desenvolvida por Bruno Latour, privilegiando a análise das ciências em construção a partir do conceito de fluxo sanguíneo das ciências, buscando compreender as táticas de convencimento das quais os cientistas pesquisados lançam mão para a aceitação de seus trabalhos tanto na comunidade científica quanto na sociedade em geral. Devido ao apelo ambiental que as energias alternativas tem em seu escopo, esta pesquisa também busca na História Ambiental a crítica para as questões políticas que abarcam o uso destas fontes energéticas, no intuito de compreender a ação dos governos, tanto em instância estadual, no caso o Estado de São Paulo, quanto federal na aplicação das tecnologias em suas matrizes energéticas, assim como, as políticas públicas que visam estimular a pesquisa e o desenvolvimento (P e D) das fontes alternativas de energia.